São Paulo, quarta-feira, 25 de outubro de 1995
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Carlão rescinde com Banco do Brasil e 'racha' projeto olímpico da seleção

DA REPORTAGEM LOCAL

O atacante Carlão, capitão da seleção brasileira masculina de vôlei, rescindiu ontem seu contrato com o Banco do Brasil, patrocinador oficial da equipe.
A instituição era responsável pelo pagamento do salário do jogador, que, especula-se, girava em torno de US$ 500 mil anuais.
O contrato entre ele e o banco exigia que Carlão atuasse na Superliga Nacional Masculina de Vôlei da temporada 95/96 pelo Flamengo.
Carlão, porém, preferia continuar defendendo a equipe gaúcha da Frangosul/Ginástica, pela qual foi campeão brasileiro na temporada 94/95 da Superliga.
A decisão do jogador provoca pela primeira vez um 'racha' no programa de repatriamento dos atletas campeões olímpicos que, após a Olimpíada de Barcelona, em 92, foram atuar na Itália (leia texto abaixo).
Carlão nunca se mostrou satisfeito com a decisão do Banco do Brasil de obrigá-lo a jogar no Flamengo. O clube apresentaria oficialmente o jogador hoje, ao lado de Tande, que vai continuar a defender a equipe carioca.
No dia 14 de setembro último, quando o Banco do Brasil reuniu, além de Carlão e Tande, Maurício, Marcelo Negrão e Giovane em São Paulo para anunciar os clubes em que eles iriam atuar na temporada 95/96, Carlão se mostrou reticente quanto à decisão.
"Agora vou começar a renegociar meu contrato", disse Carlão, à Folha, por telefone, admitindo que a Frangosul-Ginástica continua em seus planos, já que sua família se adaptou à cidade gaúcha de Novo Hamburgo, onde fica a sede do clube.
Segundo o atacante, a "pressão familiar" pesou em sua atitude. Hoje, ele deverá se pronunciar a respeito do assunto no Rio de Janeiro. Ele disse que seu gesto não afeta sua participação na seleção brasileira.
"Quero encerrar logo este assunto para continuar a treinar para a Copa do Mundo", afirmou Carlão, referindo-se ao torneio que começa no próximo mês no Japão.

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