São Paulo, sábado, 28 de outubro de 1995 |
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Kandir volta atrás em proposta
MARTA SALOMON
Dois dias depois de apresentar seu parecer, com mudanças na proposta original, Kandir decidiu limitar a punição ao funcionário público responsável pelo vazamento de informação sigilosa. "O responsável pela guarda da informação é que deve ser punido pelo vazamento e não quem teve acesso à informação", afirmou o deputado. "Quem apenas divulga a informação não tem a obrigação de saber se ela é sigilosa ou não." O projeto prevê pena de um a três anos de prisão para o responsável pelo vazamento. A punição prevista inicialmente por Kandir não atingiria apenas o servidor público (da Receita Federal, do Ministério Público ou da polícia) que vazasse informações sigilosas, mas também quem passasse os dados adiante -jornais e revistas, por exemplo. O mecanismo de proteção às informações sigilosas é uma das principais inovações feitas por Kandir no projeto original. Kandir considera indispensável cobrar maior responsabilidade pelo vazamento de informações no momento em que o governo pretende garantir um acesso maior das autoridades fiscais a dados bancários e fiscais dos contribuintes. A proposta foi aprovada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara em setembro, mas ainda enfrenta resistência entre os políticos. Texto Anterior: Presidente aponta 'intolerância' Próximo Texto: Gastos com juros chegam a R$ 5,7 bi Índice |
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