São Paulo, sábado, 28 de outubro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Covas anuncia aumento para servidores

DA REPORTAGEM LOCAL

O governador Mário Covas enviará à Assembléia projetos de lei propondo aumento do piso salarial do funcionalismo de R$ 125 para R$ 150, incorporação de gratificação de 35% sobre o valor de referência ao salário-base, extensão de gratificações aos aposentados e instituição de um prêmio por qualidade aos funcionários da secretaria da Fazenda.
Os professores estão excluídos dos benefícios porque já receberam aumento de 30% sobre o salário-base, a partir de 16 de outubro.
As três primeiras medidas representarão acréscimo de R$ 8,1 milhões à folha de pagamentos do Estado (RS$ 920 milhões, em setembro) e beneficiarão cerca de 270 mil servidores.
O prêmio por qualidade não representará ônus para o Tesouro, segundo o governador, porque resultará da divisão de 30% da gratificação de arrecadação recebida pelos fiscais da Fazenda. O prêmio representará aumento de R$ 472, em média, para os 6.350 funcionários de menor remuneração da secretaria, incluídos 2.000 inativos.
O aumento do piso destina-se a 58 mil servidores que recebem menos de R$ 150 em jornadas de 40 horas semanais. Isso significa que os servidores com remuneração de R$ 145, por exemplo, terão R$ 5 de aumento. Com a incorporação da gratificação de 35%, no entanto, o valor do vencimento ultrapassará o piso.
A 53 mil aposentados serão estendidas gratificações de atividades específicas. Os de menor remuneração, segundo o governo, poderão aposentar-se com a totalidade de seus vencimentos.
Sobre o pagamento do 13º salário, Covas disse que ainda não pode garantir que não será parcelado.
O governador declarou que a fixação do teto salarial do servidor público em R$ 8,5 mil permitirá ao Estado uma economia de R$ 30 milhões na folha de pagamentos.
Covas admitiu que a exigência de limitar a 60% da arrecadação as despesas com funcionalismo, conforme estipula a legislação, poderá levar o governo a demitir.
A folha de pagamentos do Estado consome de 75% a 80% da arrecadação atualmente.
O "enxugamento" do Estado já resultou em 40 mil demissões. O Tesouro gastou R$ 46 milhões em indenizações.

Texto Anterior: Ato contra privatização será segunda
Próximo Texto: 'Copeira' ganha mais que FHC
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.