São Paulo, sábado, 28 de outubro de 1995
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Senador pede reforma fiscal

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador José Sarney (PMDB-AP) disse ontem que "não é verdadeiro e não tem procedência" o argumento de Fernando Henrique Cardoso de que o FSE (Fundo Social de Emergência) é imprescindível à sobrevivência do Plano Real.
Sarney considera o FSE inconstitucional e disse que não discutirá o prazo de sua prorrogação. "Não importa se querem que ele valha por 12, 18 ou 24 meses", disse.
"O fundo se destina a facilitar a administração pública -só isso. O que sustenta o Plano Real é a manutenção da política de exportação e da estabilidade da moeda, por intermédio da política monetária", afirmou.
O presidente Fernando Henrique Cardoso e os ministros Pedro Malan (Fazenda) e José Serra (Planejamento) já disseram que a aprovação do FSE é vital para o plano de estabilização.
Sarney discorda. Para ele, o FSE facilita a gestão do déficit público. "Mas há outros mecanismos e, para mim, o caminho é acelerar a reforma fiscal. Isso está sendo feito pelo Congresso".
"Além do mais, o próprio governo tem dito que as contas públicas vão muito bem", completou o senador.
Sarney tomou café da manhã com o ex-presidente Itamar Franco em Brasília. O senador disse que aproveitou o encontro para lembrar que é contra o FSE desde 1994: "Recordei que apoiava, como sempre apoiei, o Plano Real, mas que sempre discordei do fundo", disse.

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