São Paulo, sábado, 28 de outubro de 1995 |
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Burocracia frustra sonho de ex-secretária no Rio Ex-secretária fez financiamento com o Banco da Mulher AZIZ FILHO
"Nossas clientes precisam de tempo para começar a comercializar seus produtos", disse. Nos primeiros três meses do ano, 566 empréstimos foram feitos. De abril a junho, o número caiu para 326. Os empréstimos variam de R$ 500 e R$ 3.000, a juros mensais de 4,5%. No Brasil, o banco atua desde 1984, quando foi fundado na Associação Comercial do Rio de Janeiro o Conselho da Mulher Executiva, composto por empresárias voluntárias. A maioria dos clientes é de mulheres de baixa renda das periferias, que trabalham nas áreas de confecção, alimentação, artesanato, decoração e serviços. Em 11 anos, o banco fez 27.300 empréstimos (R$ 30 milhões), segundo a presidente. A ajuda do Banco da Mulher na concessão de quatro empréstimos e assessoria jurídica não foi suficiente para ex-secretária Edméia Amaral de Jesus, 44. Em 1991, ela inventou e patenteou o "carameleiro", utensílio simples que baixa de uma hora para cinco minutos o tempo de produção de cem doces. Já vendeu 65 mil peças no país. Em 93, uma grande loja de departamentos decidiu vender o carameleiro em todo o país, o que poderia transformar Edméia em empresária de verdade. Como o invento inclui arames de aço, a Prefeitura do Rio informou que a legalização exige a criação de uma indústria de metalurgia. Para Edméia, criar uma metalúrgica ou terceirizar a produção encareceria e inviabilizaria o produto. Texto Anterior: Banco Mundial da Mulher ajuda microempresárias Próximo Texto: Instituição não visa lucros Índice |
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