São Paulo, sábado, 28 de outubro de 1995 |
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Bolsas registram fortes variações de preços
RODNEY VERGILI
A alta do indicador da Bolsa paulista pôs fim a quatro pregões consecutivos de queda. No período da manhã, o índice Bovespa deu continuidade à tendência de queda. Desde o dia 20, o indicador de preços da Bolsa paulista já havia acumulado baixa de 13%. A queda nas cotações da Bolsa no período da manhã refletiu a alta nos juros dos títulos de 30 anos dos Estados Unidos, que subiram de 6,37% ao ano no dia anterior para 6,44% ontem. A alta nos juros norte-americanos ocorreu após a divulgação da notícia de que o PIB dos Estados Unidos cresceu 4,2% no terceiro trimestre. É a maior expansão do PIB desde o quarto trimestre de 94. Os juros subiram, pois se teme o aumento da inflação nos EUA. No período da tarde, começaram a surgir notícias mais tranquilizadoras sobre o México e a Argentina. No dia anterior, o México havia registrado forte desvalorização cambial e a Argentina viveu dia de crise, com boatos sobre a demissão do ministro Cavallo. As ações do Banespa PN lideraram, ontem, a alta no índice Bovespa, com valorização de 10,8%, refletindo declarações do ministro Malan de que existe uma "luz no fim do túnel" na busca de solução para o banco estadual. No mercado cambial, houve bancos com excesso de dólares em caixa. Os bancos passaram a vender a moeda norte-americana e o Banco Central realizou dois leilões de compra a R$ 0,961. No mercado de renda fixa, ocorreu maior tranquilidade nos negócios e os juros acabaram caindo. A expectativa dos juros para este mês no mercado futuro declinou de 3,07% no dia anterior para 3,06% ontem. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,082%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 4,30% para dias úteis, significando rendimento de 3,09% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 4,29% para dias úteis, o que significou rentabilidade de 3,07% no mês. As cadernetas que vencem hoje rendem 2,2406%. CDBs prefixados de 31 dias negociados ontem: entre 22% e 37% ao ano. CDBs pós-fixados para 123 dias: entre 17% e 17,2% ao ano, mais TR. Empréstimos Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 5,40% ao mês, projetando custo de 3,92%. Para 31 dias (capital de giro): entre 38% e 86% ao ano. No exterior Prime rate: 8,75% ao ano. Libor: 5,75% ao ano. AÇÕES Bolsas São Paulo: alta de 1,97%, fechando com 41.406 pontos e volume financeiro de R$ 291,28 milhões. Rio: valorização de 0,4%, encerrando a 18.774 pontos e movimentando R$ 24,055 milhões. Bolsas no exterior Em Nova York, o índice Dow Jones fechou com 4.741,78 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.565,50 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou a 17.337,19 pontos. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,9610 (compra) e R$ 0,9612 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,961 (compra) e por R$ 0,962 (venda). "Black": R$ 0,958 (compra) e R$ 0,963 (venda). "Black" cabo: R$ 0,958 (compra) e R$ 0,961 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,930 (compra) e R$ 0,963 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: baixa de 0,09%, fechando a R$ 11,75 o grama na BM&F. Câmbio contratado O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até o dia 26 foi positivo em US$ 844,34 milhões. As entradas financeiras superaram as saídas de dólares em US$ 1,348 bilhão. O saldo total está positivo em US$ 2,192 bilhões. No exterior Segundo a UPI, ontem, em Londres, a libra foi cotada a 1,5800 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,4000 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 101,33 ienes. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para outubro fechou a 3,06% ao mês; para novembro, a 2,87% ao mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para outubro ficou a 42.500 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para outubro fechou a R$ 0,962 e a R$ 0,971 para novembro. Texto Anterior: Serra e Cavallo discutem alíquotas para automóveis e zonas francas Próximo Texto: Carrefour e Extra lideram em avaliação Índice |
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