São Paulo, sábado, 28 de outubro de 1995 |
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Banespa já prepara sua nova geração 'olímpica'
SÉRGIO KRASELIS
Depois de revelar atletas como Marcelo Negrão, que ajudou o Banespa a conquistar o tetracampeonato brasileiro (87, 89, 90 e 91) e o tricampeonato paulista (89, 90 e 91), o clube decidiu investir pesado nas categorias de base. A meta é fazer com que os novos atletas do time se espelhem nos jogadores da "geração de ouro", entre eles o próprio Negrão e Giovane, que passaram pelo Banespa antes de conquistarem a medalha olímpica em Barcelona, em 1992 (leia texto ao lado). "Vivemos um momento de transição. Sabemos do potencial de nosso grupo e temos certeza de que novos craques estão surgindo", aposta o técnico Carlos Alberto Castanheira, o Cebola. No clube desde 1994, Cebola atualmente comanda o time principal, que, apesar da inexperiência, disputa o título paulista de 95 contra o Report/Suzano, atual vice-campeão brasileiro. Segundo Cebola, o fato de a sua equipe ser apontada como a 'zebra' da competição acabou por ajudar na integração do time. "Substituímos os Tandes e os Maurícios por atletas das categorias de base. Acho que o nosso trabalho começa a dar resultado", acredita Cebola. Enquanto se responsabiliza pelo time adulto, Jarbas Ferreira, seu auxiliar técnico, treina a equipe juvenil, e Álvaro Moto, seu assistente no juvenil, responde pelo time infanto-juvenil. "No total, trabalhamos com 49 atletas", diz Ferreira. O time adulto é um combinado de 8 atletas adultos e 16 juvenis. Os 25 restantes integram a equipe infanto-juvenil. Segundo o gerente de vôlei do Banespa, o ex-jogador Montanaro, o clube recebeu este ano a verba de US$ 1 milhão para manter os atletas em condições mínimas de trabalho. Nem mesmo a intervenção do Banco Central no Banespa abalou a estrutura do time de vôlei. "Quase perdemos o patrocínio. Mas, graças a Deus, o sufoco já passou", diz Montanaro. O trabalho de formação dos atletas já revelou pelo menos cinco juvenis que foram vice-campeões mundiais este ano na Malásia: Braz, Gustavo, Digão, Lilico e Ricardo. Já Nalbert e Leandro, do adulto, servem atualmente a seleção brasileira masculina, que se prepara para disputar a Copa do Mundo no Japão, no próximo mês. Segundo a atacante Braz, 18, há três anos no clube, os atletas têm uma vida "muito regrada". "Dificilmente conseguimos sair à noite. Treinamos em dois períodos e no fim do dia queremos mais é descansar", conta o atacante. "Nossa meta no momento é fazer os atletas se tornarem cada vez mais versáteis. Títulos são sempre bem-vindos, mas queremos formar bons jogadores capazes de dar espetáculo", avisa Cebola. Texto Anterior: Telê escala time defensivo em Ribeirão Preto Próximo Texto: Equipe teve 'golden boys' Índice |
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