São Paulo, sábado, 28 de outubro de 1995 |
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Projeto sobre casamento gay não tem penetração
JOSÉ SIMÃO
E um leitor me manda sugestão de manchete sensacionalista "Pastor Alemão Ataca Santa". Rarará. E do jeito que tá a Globo o assassino da Próxima Vítima só pode ser um pastor evangélico. No último capítulo entra um pastor evangélico. Rarará! É mole? É mole mas sobe! E bomba! Bomba! Brasília Urgente! Marta Suplício apresenta projeto pra legalizar casamento gay. Mas pelo jeito não teve penetração. E o deputado cearense Pinheiro Landim "Venho de uma terra de homens muito machos. Na minha cidade, Acopiara, os homossexuais são banidos, vão para os grandes centros". À procura de machos? Rarará! A Igreja é contra! "Não vemos como pessoas do mesmo sexo possam procriar." Procriar não pode. Mas gozar pode! Rarará! O pastor chuta a santa e o monsenhor chuta os gays. Olha a declaração dum monsenhor: "Existem muito sequestros mas nem por isso vamos legalizar os sequestros". Comparou gay com sequestrador? Ataque de Vitorfasanite agudo. QI de ervilha! E o Kinder Ovo Espiridião Amin "Não é matéria prioritária para votação". É sim, vota que eles emprestam a peruca. Rarará! Existe o movimento GLS: Gays, Lésbicas e Simpatizantes. Agora tem o GLA: Gays, Lésbicas e Antipatizantes! Igreja e deputados são os antipatizantes! Enfim, projeto de casamento gay não tem penetração. Rarará! Só que gay vota. Tanto que uma política até mudou o nome da rua dela: de Gaivota pra Gay Vota! Rarará! Nóis sofre mas nóis goza! Vai indo que eu não vou! Texto Anterior: Sol Lewitt é o primeiro artista selecionado Próximo Texto: Vidor faz faroeste indispensável Índice |
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