São Paulo, terça-feira, 31 de outubro de 1995 |
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Campeonato Argentino vive crise de goleiros
RODRIGO BERTOLOTTO
Enquanto o técnico Daniel Passarella não consegue escolher o titular do gol da seleção, entre Bosio, Cristante ou Burgos, os clubes argentinos têm superado o problema contratando estrangeiros. Dois dos mais tradicionais times do país chegam a ter titular e reserva importados. O Independiente conta com os colombianos Farid Mondragón e César Velázquez. O San Lorenzo, último campeão argentino, dispõe do venezuelano Gilberto Angelucci em campo e o uruguaio Fernando Alvez, campeão da Copa América-95, no banco. O Ferro Carril tem na posição o uruguaio Oscar Ferro e o Vélez Sarsfield possui o paraguaio José Luis Chilavert. Além desses todos, está o colombiano, naturalizado argentino, Navarro Montoya, do Boca Jrs. No passado, a quantidade de bons goleiros nascidos na Argentina era tanta que o excedente era exportado. Yustrich, no Flamengo, e Poy, no São Paulo, começaram, na década de 40, a consagrar o goleiro platino. Depois vieram Cejas (Santos), Andrada (Vasco e América) e Buttice (Corinthians). O último exemplar foi o campeão mundial de 78 Ubaldo Fillol, que defendeu o Flamengo em 84. Atualmente, o exemplo isolado está no Inter-RS: Goycochea, vice-campeão mundial em 90. "O problema é verdadeiro, mas é circunstancial. A posição de goleiro é muita ingrata, a qualquer erro você pode cair em desgraça", diz Goycochea, 31, que defende a criação do "mercojogador". "Esse tema tem que ser tratado agora porque se tornará uma realidade, como ocorreu na Europa." Texto Anterior: Futebol move US$ 27,69 mi Próximo Texto: O NÚMERO; A FRASE 1; A FRASE 2; Uruguai organiza Torneio do Mercosul; Campeonatos estão equilibrados em 95 Índice |
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