São Paulo, terça-feira, 31 de outubro de 1995 |
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Advogado orienta família
FERNANDO PAULINO NETO; RONI LIMA
A sugestão é do advogado criminalista Márcio Donnici, 45, que se especializou em orientar famílias de sequestrados nas negociações. Para Donnici, é recomendável parecer apavorado no início, para demonstrar que a pessoa é importante, mas, nas outras conversas, ir impondo limites. Um deles é mostrar ao sequestrador que a família tem dificuldades para conseguir o resgate pedido. Essa medida, segundo empresários ouvidos pela Folha, que não quiseram se identificar, se tomada, teria facilitado tudo no caso de um empresário, este ano, no Rio. A família dele teria se disposto a pagar rapidamente e os sequestradores só o teriam libertado depois do terceiro pagamento, segundo a Folha apurou. Donnici diz ser fundamental saber se a pessoa está mesmo com o sequestrado. Ele prefere que seja escrito um bilhete da vítima em um jornal do dia. Os telefonemas devem ser gravados. O negociador pode não ter tempo de anotar dados importantes. Ele não pode usar expressões comuns ao mundo dos sequestradores, para evitar que este pense que ele é policial. (Fernando Paulino Neto e Roni Lima) Texto Anterior: Rio decreta 'lei do silêncio' à polícia Próximo Texto: Acusado aponta nome de detetive Índice |
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