São Paulo, terça-feira, 31 de outubro de 1995 |
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Polícia quer os cheques do caso da "fita do suborno"
HUMBERTO SACCOMANDI
Entre elas está o ex-árbitro de futebol Wilson Roberto Catani. Ele é suspeito de liderar o esquema de suborno de juízes para fabricação de resultados em partidas do Campeonato Paulista (veja quadro ao lado). Catani relatou detalhes do esquema em conversa gravada com o jornalista Alexandre Reis. Posteriormente, o ex-juiz negou a veracidade das suas afirmações. Os outros intimados são o árbitro Fábio Marcos Spironelli e o dirigente da Federação Paulista de Futebol (FPF) Reinaldo Carneiro Bastos. Spironelli é citado na fita como tendo aceitado suborno para facilitar resultados positivos para o Botafogo de Ribeirão Preto, na Série A-2 do Paulista de 95. Por morarem em São Paulo, os três serão ouvidos por carta precatória, isto é, caberá à polícia paulistana colher os depoimentos e enviá-los a Ribeirão Preto. O delegado Antonio Carlos dos Santos Neto, do 4º DP de Ribeirão Preto, também pediu à polícia de São Paulo a apreensão dos três cheques relativos ao esquema, que Catani disse ter em seu poder. Esses cheques teriam sido dados pelo presidente do Botafogo, Laerte Alves, como pagamento pelo esquema de suborno. Dois deles teriam voltado por falta de fundos, diz Catani na fita. "Vamos também encaminhar a fita para a perícia, para transcrição, já que ela é meio de prova", disse o delegado. Ele será o responsável pelo inquérito da "fita do suborno". A Delegacia Geral de Polícia informou ontem que não abrirá inquérito em São Paulo. A apuração ficará concentrada, por enquanto, na cidade de Ribeirão Preto. Texto Anterior: Ataques marcam mais em 95 Próximo Texto: Tribunal decide sobre a A-2 Índice |
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