São Paulo, terça-feira, 31 de outubro de 1995 |
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Raios X paulista
JUCA KFOURI A quantas anda o desempenho do futebol paulista neste Campeonato Brasileiro? Quais as chances de, a exemplo de 1990, 1991, 1993 e 1994, um clube paulista ser o campeão?Por enquanto, o título está mais perto do Rio de Janeiro e das Minas Gerais, posto que apenas Fluminense e Cruzeiro estão qualificados para as semifinais. É verdade que, no Grupo A, Corinthians, Guarani e Palmeiras têm boas possibilidades de ganhar uma vaga e que, no Grupo B, o Santos está vivo. Mas quem acredita, de fato, em Santos e Guarani? E o Palmeiras, apesar da melhor campanha em todo o torneio até aqui, terá forças para superar seus próprios problemas? O Corinthians é quem parece mais próximo de representar São Paulo nas finais. Mas, como vai o desempenho paulista nas duas fases? Saiba que o futebol carioca lidera ao lado do mineiro, ambos com 22 pontos ganhos na média obtida pelos seus clubes. O carioca tem 88 pontos ganhos divididos por seus quatro representantes e o mineiro, 44 pontos entre Cruzeiro e Atlético. Só depois vem São Paulo, com 21,5, pouco adiante do futebol gaúcho com seus três representantes com média de 21,3 pontos. Goiás, Santa Catarina e Paraná têm 20 pontos cada com um clube, Pernambuco tem 18, a Bahia, 16, e o Pará apenas 11. É claro que o União São João puxa para baixo a média paulista. Se formos, por exemplo, comparar apenas o desempenho dos quatro grandes de São Paulo com os do Rio de Janeiro, os paulistas passam à frente com 23,7 pontos. Na verdade, porém, nenhum time empolgou até agora, o que dá ao equilíbrio demonstrado pelos frios números uma frustrante sensação de nivelamento por baixo. O campeonato ainda não pegou. As causas são inúmeras e é cansativo repeti-las. Regulamento mal feito, gramados ruins, Maracanã, Morumbi e Pacaembu abandonados, horários incompatíveis com o hábito do torcedor e por aí afora. Ainda assim, se há quem possa salvar técnica e emocionalmente o mais sem graça dos últimos Campeonatos Brasileiros, o futebol paulista é o maior candidato para tal, já que o Flamengo não se recupera mesmo. Enquanto isso, o presidente da CBF, outra vez ao lado da compreensiva filha do presidente da Fifa, convalesce após os traumáticos acontecimentos que o envolveram nos Estados Unidos. Texto Anterior: Notas Próximo Texto: Aumentam gols feitos depois do 'fim do jogo' Índice |
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