São Paulo, quarta-feira, 1 de novembro de 1995
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Luís Eduardo promete folga a deputados

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), prometeu uma semana de folga aos deputados para garantir a votação hoje da emenda constitucional que prorroga o FSE (Fundo Social de Emergência).
A folga extra foi a forma encontrada pelo comando da Câmara para compensar os deputados pela permanência em Brasília na véspera do feriado de Finados. A votação está marcada para a noite.
O cronograma é apertado, e, se os parlamentares decidirem viajar mais cedo para o feriado, há ameaça de o FSE ficar inviabilizado.
"Os deputados vão ter um refresco", anunciou o vice-líder do governo, deputado Benito Gama (PFL-BA). Na semana do feriado de 15 de novembro, não haverá contagem de faltas nem desconto do salário para quem se ausentar.
Para garantir o plenário lotado hoje, o presidente da Câmara passou parte do dia de ontem ao telefone, convocando os colegas. Prometeu também que os deputados poderão tomar aviões tão logo a votação termine.
A votação só poderá ocorrer sem riscos para o Planalto se mais de 450 dos 513 deputados comparecerem ao plenário à noite.
Segundo a liderança do governo, há 111 votos certos contra a prorrogação. O governo precisa do apoio de 308 deputados para aprovar a proposta em primeiro turno.
O governo também tentará evitar hoje a retirada de mais de R$ 1 bilhão do fundo. Ontem já havia assinaturas suficientes para submeter ao plenário a proposta de preservar o repasse desse dinheiro aos Estados e municípios.
O governo se recusou a negociar a composição do fundo com os parlamentares. Mas vários parlamentares, principalmente os ligados aos governadores do Norte e Nordeste, insistem em um repasse maior de impostos federais para Estados e municípios.
"O governo vai ter de brigar muito", disse o líder do PMDB, deputado Michel Temer (SP).

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