São Paulo, quarta-feira, 1 de novembro de 1995 |
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México injeta US$ 2,9 bi na economia
FLAVIO CASTELLOTTI
"Não se trata de relaxar a política monetária, mas sim de obedecer à demanda de dinheiro nessa época do ano", afirmou Mancera. Muitos economistas desaprovam a medida, argumentando que a entrada desse capital poderia pressionar fortemente a inflação. A injeção de US$ 2,9 bilhões representa aumento de 41% na base monetária mexicana. O dinheiro em circulação no país está estimado em cerca de US$ 7 bilhões. Em 31 de dezembro, a base monetária era de US$ 10,7 bilhões. Essa queda de 34% deve-se à política monetária restritiva do Banco do México para conter os preços, durante um período em que a moeda mexicana se desvalorizou em cerca de 50%. A política parece mostrar bons resultados, pois, no mesmo período, a inflação foi de 42%, beneficiando o setor exportador, principal motor da reativação econômica do país. "O aumento da emissão, neste momento, causaria inflação de pelo menos 30% em 96 e poderia anular os efeitos positivos da desvalorização", disse o economista José Luis Calva. O governo espera inflação de 20% para 96. Mancera anunciou também a criação de um órgão responsável pela arrecadação de impostos, desvinculado do Ministério da Fazenda, para "maximizar a arrecadação e minimizar a corrupção". Segundo o diretor do Banco do México, o PIB (Produto Interno Bruto) deve cair 5,5% em 95. Privatizações O Conselho de Administração da Pemex (Petróleos Mexicanos) aprovou ontem a privatização do setor petroquímico da empresa. A aprovação significa o início formal da venda das 61 petroquímicas mexicanas. O governo espera arrecadar US$ 2 bilhões. O Sindicato de Trabalhadores Petroleiros do México é contrário à decisão e se absteve da votação. Texto Anterior: A necessidade de investimentos no setor de petróleo Próximo Texto: Desemprego cresce na França Índice |
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