São Paulo, quinta-feira, 2 de novembro de 1995
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Maluf afirma que é candidato à reeleição

GILBERTO DIMENSTEIN
DE NOVA YORK

Ao defender a aprovação ainda este ano do direito de reeleição, o prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, disse ontem, em Nova York, que precisa de "mais quatro anos" para concluir as obras que iniciou durante sua gestão. Garantiu portanto que, se a lei permitir, será candidato.
Ele chamou de "casuísmo" deixar a votação para 1997, proposta lançada publicamente pelo senador Antônio Carlos Magalhães, também em Nova York, aceita pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. "Ou é todo mundo, ou não é para ninguém", comentou, num tom de ameaça.
O PPB, seu partido, tem 84 parlamentares. "Eu pessoalmente tenho bom contato com pelos menos 250 deputados e senadores", disse, insinuando que usaria tal prestígio para evitar o "casuísmo".
Maluf veio a Nova York para participar da homenagem ao empresário José Ermírio de Moraes, indicado Homem do Ano pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.
Afirmou que, se reeleito, não disputaria a Presidência. "Vou acabar meu mandato", jurou, promessa que costuma fazer com frequência.
Na sucessão passada, por pouco não saiu candidato ao Palácio do Planalto. Só não saiu porque enfrentou reação de amigos, familiares e, principalmente, dos eleitores, que, em pesquisa, informaram que se sentiriam traídos.
O prefeito está consciente de que a tendência do Palácio do Planalto é deixar o assunto para depois, a fim de não complicar ainda mais a reforma constitucional.
O assunto foi tratado pelo presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães, e o presidente Fernando Henrique Cardoso.

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