São Paulo, quinta-feira, 2 de novembro de 1995 |
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Exército registra 200 casos de Aids entre soldados desde 87
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Cerca de 200 casos de Aids foram registrados no Exército desde 87. O Exército não tem nenhum programa específico de prevenção à Aids para seus 190 mil soldados.Proibido pelas portarias 869, de agosto de 92, e 007/DF, de maio deste ano, de submeter previamente recrutas a testes anti-Aids, o Exército toma conhecimento dos casos de contaminação em campanhas de doação de sangue. Todos os comandos militares regionais têm convênios com os hemocentros. O Exército é notificado quando se descobre um caso de sangue contaminado. Os soropositivos são afastados do treinamento nos quartéis e entregues ao Sistema de Saúde do Exército. "Não é segregação, é uma forma de preservar o indivíduo", diz o general Rômulo Bini, chefe do Centro de Comunicação Social do Exército. Apenas no recrutamento os comandos militares falam abertamente da Aids. Os recrutas recebem um jornal que incentiva o uso da camisinha. Na primeira reunião sobre saúde, os soldados ganham uma caixa de camisinhas. Em artigo na revista "Veja" desta semana, o sargento Abílio Teixeira diz que o Exército trata o assunto com "hipocrisia" e que deveria distribuir mais camisinhas. Teixeira foi proibido de distribuir camisinhas no 16º Batalhão Logístico de Brasília. Ele diz comandar "500 homens, na maioria desinformados". Segundo Bini, o sargento "não comanda ninguém no Batalhão de Logística porque é motorista e sua função não é distribuir camisinhas no quartel". Texto Anterior: Santa Casa suspende atendimentos e internações na UTI pelo SUS Próximo Texto: IBGE lança mapa de animais ameaçados Índice |
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