São Paulo, quinta-feira, 2 de novembro de 1995
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Malan prevê Natal mais fraco que o de 94

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As vendas deste final de ano terão uma queda de até 5% em relação ao movimento registrado em 1994, de acordo com previsões do governo. O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disse ontem que "o Natal deste ano não será tão bom quanto o de 1994, mas será melhor que o de 1993".
O aquecimento das vendas no final de 94 foi um dos maiores registrados nas últimas décadas.
Produtos de consumo popular são os que terão maior potencial de aumento nas vendas no final de ano, segundo o secretário de Política Econômica da Fazenda, José Roberto Mendonça de Barros.
Esse fenômeno ocorrerá porque a estabilização da inflação trouxe um aumento de renda das camadas mais pobres da população, de acordo com Mendonça de Barros.
Apesar do "crescimento suave" nas vendas no último trimestre do ano, o governo está prevendo uma inflação média de 1,5% em outubro, novembro e dezembro. No acumulado do ano, a taxa média deverá ficar em 20,55%.
"Será a taxa mais baixa das últimas décadas", afirmou o ministro Malan. Segundo Mendonça de Barros, a inflação passou por três importantes testes sem risco de elevação das taxas.
Os testes foram a entressafra agrícola, em que os preços se mantiveram estáveis, o processo de reajuste das tarifas públicas e o "setembro negro".
"O processo de descongelamento dos preços dos serviços públicos está afastando o receio de um tarifaço. Não estamos dando mais a inflação passada, mas introduzindo critérios novos de reajuste", disse Mendonça de Barros.
Também foi afastada a possibilidade de reajustes salariais acima dos desejados pelo governo. Setembro foi a primeira data-base de categorias importantes -petroleiros e bancários- depois da vigência da Medida Provisória da desindexação salarial.

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