São Paulo, quinta-feira, 2 de novembro de 1995
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RS teme uma invasão de 'mercojogadores'

FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Dirigentes gaúchos temem que a integração entre os países do Mercosul no futebol atrapalhe clubes e jogadores brasileiros.
Levantamento feito pela Folha, publicado anteontem, revelou aumento no intercâmbio de jogadores em times do Brasil, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai.
"O prejudicado vai ser sempre o Brasil, que vai ficar inundado de jogadores argentinos", afirmou o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Emídio Perondi, 57.
"Se abrirem as porteiras, eu tenho pena dos jogadores brasileiros", afirmou, em relação à maior facilidade de contratação de atletas internacionais.
Segundo o dirigente, São Paulo e Rio de Janeiro seriam os Estados mais afetados.
Na opinião de Perondi, os jogadores dos times gaúchos têm as mesmas características dos atletas argentinos e uruguaios.
Já os clubes paulistas e cariocas supririam a ausência desse tipo de jogador contratando estrangeiros.
O presidente do Grêmio, Fábio Koff, 59, defende o limite de dois estrangeiros por time no país.
"O Brasil limita em duas as vagas para estrangeiros e tem se dado muito bem", afirma.
"Eu não sei a razão de abrir mais vagas. O Mercosul é uma facilidade só nos terrenos comercial e diplomático."
Sérgio Neves, 56, advogado da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol, no entanto, defende a integração entre jogadores sul-americanos.
"Seria bom para o jogador brasileiro conviver com o argentino, que tem visão política. Na Argentina, existe até contrato coletivo de trabalho."

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