São Paulo, quinta-feira, 2 de novembro de 1995 |
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Jogadores se revoltam
ARNALDO RIBEIRO
Segundo José Dias, diretor de futebol, o grupo de jogadores será reduzido de 54 para 30 no próximo ano. "Vamos mesmo reduzir o elenco e, ao mesmo tempo, contratar grandes reforços, mas não existe lista de dispensa", ressaltou Dias. Na edição de ontem, a Folha antecipou alguns nomes de atletas que podem ser negociados. "Isso pode desestabilizar a cabeça dos jovens jogadores do time. Poderiam deixar essa reformulação para dezembro", disse o meia Toninho Cerezo, um dos líderes do grupo. O técnico Telê Santana também entende que a divulgação do plano de reestruturação do time foi precipitada. "Não podemos desprezar, de forma alguma, os nossos jogadores. Falam em grandes reforços, mas isso não passa de sonho. Temos que pensar mais baixo. Hoje, nenhum clube pode pagar mais de US$ 1 milhão por um jogador", disse Telê. Apesar disso, Telê admite que a saída de alguns jogadores, que não estão sendo aproveitados no clube, caso do meia chileno Sierra, seria benéfica a eles. "O Sierra é um grande jogador, mas não se adaptou ao nosso estilo de jogo. Ele pode voltar a atuar bem em outro clube", afirmou. "Às vezes, a mudança de clube serve como vitrine para o atleta que não vem atuando", disse o goleiro Zetti, que pretende renovar seu contrato com o São Paulo no final do ano. "Quando o momento é ruim, ocorre esse tipo de especulação. É hora de nós, jogadores, mostrarmos nosso valor e deixarmos isso de lado", disse o meia Donizete. O São Paulo deve definir, na próxima semana, a venda do atacante Caio para a Internazionale de Milão. O clube italiano admite que o jogador continue no São Paulo até o final do ano e se apresente oficialmente apenas em fevereiro. (AR) Texto Anterior: 'Sócio' intervém para manter Telê Próximo Texto: Sob tensão, time decide vaga com o Cruzeiro Índice |
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