São Paulo, quinta-feira, 2 de novembro de 1995
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Final Heat

CARLOS SARLI

A decisão do Circuito Brasileiro de Surfe Profissional vai ser pedreira. Começa hoje, em Itamambuca, Ubatuba, São Paulo, a sétima edição do Sea Club Final Heat, última etapa do Brasileiro e uma das mais importantes do WQS.
No Mundial, o evento só perde em peso para o Gunston 500, em julho, na África do Sul, mas ganha em importância, já que é o mais forte na reta final.
Depois do Final Heat, evento quatro estrelas que distribui US$ 60 mil e 2.000 pontos, vêm a estreante etapa do México e as duas últimas, no Havaí. Dessas, a de Puerto Escondido promete ser forte apenas pela qualidade das ondas, já que o evento foi rebaixado.
As de Sunset e Haleiwa, duas e três estrelas, além de serem as últimas oportunidades para os que aspiram uma vaga entre os 44 surfistas da elite mundial, somarão pontos, junto com o WCT de Pipeline, para definir o campeão da Tríplice Coroa Havaiana.
Oito brasileiros já estão confirmados na primeira divisão de 96. Renato Wanderley foi o último a garantir a vaga ao chegar à final do Hang Loose, há duas semanas.
Outros nove têm chances matemáticas de engrossar o time brasileiro. Neste ano, temos nove.
Quanto ao Brasileiro, o bicho vai pegar. Entre os quatro principais envolvidos na disputa do título, dois podem integrar a galeria dos bicampeões.
Peterson Rosa, terceiro no ranking, pode chegar ao bi, na mais completa acepção do termo, já que é o atual campeão, título conquistado no mesmo palco no ano passado. Com um bom resultado em Itamambuca, ele pode também assumir a liderança do WQS.
Ricardo Toledo, líder do Brasileiro, é o outro que pode conquistar o segundo título nacional e se igualar a Jojó de Olivença (88 e 92) e Tinguinha Lima (90 e 93). Ele tem a seu favor, além da liderança, o fato de ser o que melhor conhece as ondas de Itamambuca.
Forte na briga estão dois top-five de 94. O potiguar Joca Jr., atual segundo colocado, e Renan Rocha, quarto. Os dois, assim como Peterson, têm a seu favor um descarte zero, enquanto Ricardinho irá descartar 240 pontos.
Das 12 provas previstas para este ano, 3 foram canceladas. Das nove disputas, os sete melhores resultados de cada atleta serão computados, incluindo a melhor pontuação dos campeonatos regionais.
Haverá, portanto, três descartes.
Daqui, o circo segue para o Havaí, com um pit stop, para os mais apertados, no México.

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