São Paulo, quinta-feira, 2 de novembro de 1995 |
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Falta de conservação põe em risco obra de José Antônio da Silva
MARCUS VINÍCIUS GABRIEL
O museu está instalado no Centro Cultural Daud Jorge Simão. A situação se agravou após a Secretaria Municipal de Cultura ceder o espaço para abrigar a organização dos 59º Jogos Abertos do Interior, realizados há duas semanas. Durante a realização do evento esportivo, o MAP ficou fechado. As 87 obras de José Antônio da Silva foram "guardadas" no centro cultural. O museu, criado oficialmente em 82, também apresenta falhas no controle térmico para obras de arte, não possui proteção para as esculturas e telas, a fiação fica exposta, existindo risco de incêndio, e há infiltrações nas paredes. O calor resseca os quadros e alguns deles já apresentam rachaduras na camada de tinta e deslocamento da pintura. Segundo a secretária municipal de Cultura, Cármen Accorsi, 60, o museu será prioridade em 96. "Estamos nos preocupando agora com a instalação da Pinacoteca Municipal e da sala Claudio Malagoli". A pinacoteca conta com 55 obras de artistas de Rio Preto e região. A sala dedicada ao pintor Malagoli terá 29 obras. A situação do MAP deixou o pintor José Antônio da Silva indignado (leia texto abaixo). A doutora em Letras pela Unesp (Universidade Estadual Paulista), Hygia Calmon Ferreira, que está preparando um dicionário com mil definições sobre José Antônio da Silva, diz que a solução é tombar o MAP. "Isso daria garantias de preservação e conservação." O MAP deve ser tombado pela prefeitura, de acordo com a lei municipal 5.571, de 5 de julho de 1994. A coordenadora do Comdephact (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e Turístico), Nilce Lodi, 59, diz que o projeto de tombamento já está encaminhado. Texto Anterior: Filme conta entreguerras Próximo Texto: Museu reúne as principais telas do pintor Índice |
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