São Paulo, quinta-feira, 2 de novembro de 1995
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Navio chileno revive aventura de 500 anos

EDMILSON ZANETTI
ENVIADO ESPECIAL À PATAGÔNIA E TERRA DO FOGO

É possível chegar ao "fim do mundo". E sem os riscos enfrentados pelo português Fernão de Magalhães, no século 15, quando descobriu as terras que batizaria de Patagônia e Terra do Fogo.
Em um cruzeiro de uma semana, o navio de bandeira chilena Terra Australis refaz o caminho dos colonizadores espanhóis, na divisa do Chile com a Argentina.
O navio vai de Punta Arenas a Porto Toro, o povoado mais austral do mundo, a 800 km da Antártida. São 1.606 km de aventura pelo estreito de Magalhães e canal de Beagle. É uma semana de sonho que confunde realidade e história.
Quase 500 anos depois da viagem de Magalhães, o cenário pouco mudou, se comparado com relatos e pinturas da época.
É certo que os índios ona, tehuelche, alakaluf e yagana, dizimados por caçadores de lobos-do-mar, garimpeiros e catequistas salesianos, só existem em fotos e desenhos em museus.
Mas as geleiras da época glacial, azuladas pelo tempo, e as cordilheiras eternamente cobertas por neve permanecem intocadas.
Aos olhos dos turistas, tudo é exótico: chuva de neve, pinguins, lobos-do-mar, condores, temperatura abaixo de zero.
Esse exotismo gelado atrai gente de todo o mundo. Na viagem da segunda semana de outubro, havia 19 brasileiros, 32 chilenos, 3 britânicos, 8 espanhóis, 1 italiano, 2 mexicanos, 1 japonês e 2 norte-americanos.

LEIA MAIS
Sobre Patagônia e Terra do Fogo na pág. 6-11.

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