São Paulo, sexta-feira, 3 de novembro de 1995
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Polígono da seca

Na campanha municipal de 92, o então senador Marco Maciel percorria o interior de Pernambuco em busca de votos para seus aliados que disputavam as prefeituras da região.
Num único dia, visitou diversas cidades do sertão pernambucano. Sob forte calor, Maciel participava de comícios, andava pelas ruas dos lugarejos, apertava dezenas de mãos.
Alguns assessores iam atrás. A alta temperatura e a poeira castigavam a comitiva.
De vez em quando, um assessor de Maciel buscava água para o grupo matar a sede e tirar o pó da garganta. Todos bebiam, menos o senador.
Até que, lá pelo fim da tarde, o prefeito da cidade que Maciel e seus auxiliares visitavam notou que o grupo estava novamente com sede. Ofereceu-lhes água. Mais uma vez, Maciel recusou.
O prefeito não entendeu:
- Mas, nesse calorzão, por que o senhor não bebe nem um pouquinho d'água, senador?
E Maciel:
- É para não acostumar.

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