São Paulo, sexta-feira, 3 de novembro de 1995
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CEF acena com nova proposta para salários

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA REPORTAGEM LOCAL

A diretoria da CEF (Caixa Econômica Federal) acenou ontem com a possibilidade de oferecer algum benefício adicional aos funcionários para encerrar a greve iniciada na semana passada.
Não houve acordo e nova reunião foi marcada para hoje.
Em assembléias realizadas em todo o país, chamadas especialmente ontem diante da possibilidade de acordo, os funcionários da CEF decidiram manter a greve, que entra hoje em seu oitavo dia.
Segundo a Executiva dos Empregados da CEF, liderança dos bancários ligada à CUT, a empresa continua descartando reajustes além dos 20,94% já oferecidos -reajuste mínimo garantido por lei. Os bancários querem 30%.
Entretanto, segundo os bancários, a CEF comunicou que "alguma compensação" poderá ser oferecida. Como os representantes da diretoria não quiseram adiantar o que seria a tal compensação, o impasse permanece.
"Os representantes da diretoria da empresa, ao que parece, finalmente começaram a reconhecer que a intransigência não será aceita em hipótese alguma pelos empregados", afirma nota da executiva divulgada ontem.
O presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ricardo Berzoini, disse que a greve atinge cerca de 80% a 85% dos funcionários da empresa nas capitais.
"Se não houver acordo rapidamente, pode haver prejuízo no recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, que é feito pela CEF até o dia 7", afirmou.
Segundo Berzoini, os funcionários estão realizando esquema especial para atendimento aos aposentados, que começaram a receber desde o dia 1º.
Os bancários têm data-base em 1º de setembro.

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