São Paulo, sexta-feira, 3 de novembro de 1995 |
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Diretora diz que houve espaço para defesa
FERNANDO ROSSETTI; MARCELO RUBENS PAIVA
Segundo ela, "todas as testemunhas arroladas foram ouvidas, houve ampla oportunidade de defesa". Ela também diz que a acusação não foi de plágio, mas de violação de direitos autorais. Leser concorda que houve uma espécie de linchamento público de Luiza Alonso e lamenta que o caso tenha se tornado público, preferindo que ficasse restrito ao meio acadêmico. "Mas, infelizmente, a alegação da defesa não convenceu", diz a diretora da psicologia. O professor de psicologia social da Universidade Federal do Espírito Santo Lídio de Souza, 41, -que fez a acusação de violação de direitos autorais contra sua ex-professora Luiza Alonso- afirma que durante todo o processo a defesa "tentou configurar que havia uma luta por poder, com preconceito por causa da origem de classe". Para ele, Luiza Alonso só reconheceu que havia cometido qualquer irregularidade após a decisão tomada na USP. Souza confirma que não procurou Luiza Alonso para discutir a questão, mas nega um encontro com ela no Japão: "Nunca saí do Brasil e nem tenho passaporte". Souza diz que a Comissão Processante do Instituto de Psicologia não usou a terminologia de plágio porque não havia um perito. "Só com o trabalho de um perito, seria possível usar o termo plágio", afirma. Mas, para ele, "o reconhecimento de que houve violação de direitos autorais mostra que houve plágio". Sobre o episódio envolvendo o italiano Alberto Melucci, Souza diz que Alonso procurou rapidamente o professor para sanar o problema porque sabia que estava sendo processada. (Fernando Rossetti e Marcelo Rubens Paiva) Texto Anterior: Professora demitida da USP nega ter feito plágio Próximo Texto: Demissão não foi por unanimidade Índice |
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