São Paulo, sábado, 4 de novembro de 1995
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Presidente de comissão pede mais tempo para analisar Previdência

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A intenção do presidente da Câmara, deputado Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), de colocar em votação ainda neste ano o projeto de reforma previdenciária pode esbarrar na resistência da comissão especial que analisa o texto.
O deputado Jair Soares (PFL-RS), presidente da comissão especial, criticou ontem a tentativa de apressar o andamento do projeto. Para Soares, está havendo "açodamento". Ele argumenta que a reforma previdenciária, por causa do universo de pessoas que atinge, deveria ser analisada com "mais calma e segurança".
A conclusão dos trabalhos da comissão está marcada para o próximo dia 13, prazo a partir do qual o projeto deverá ir a plenário.
Um abaixo-assinado de entidades de aposentados com 5.000 assinaturas pediu a prorrogação desse prazo, mas Luís Eduardo não quer atender à reivindicação.
Mesmo não querendo entrar em confronto direto com o presidente da Câmara, Jair Soares, ex-ministro da Previdência do governo João Figueiredo (79-85), disse que "seria mais prudente que a comissão tivesse mais tempo".
"O próprio governo diz que o atual sistema pode se manter por mais cinco ou sete anos. Por que então não implementar a reforma aos poucos e ajustar a máquina, combatendo as fraudes na Previdência?", perguntou.
O líder do governo na Câmara, deputado Luiz Carlos Santos (PMDB-SP), disse acreditar que haverá um acordo sobre a votação da reforma previdenciária ainda neste ano.

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