São Paulo, sábado, 4 de novembro de 1995 |
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SP pretende baixar gasto de R$ 20 mi com pedágio
ANDRÉ LOZANO
Algumas praças de pedágio, como a de Itapevi, na rodovia Castelo Branco, ou a de Limeira, na Washington Luiz, custam ao Estado mais de R$ 200 mil por mês, com o pagamento da mão-de-obra (leia quadro ao lado). Os 12 pedágios somam gastos de R$ 1,6 milhão por mês e arrecadam cerca de R$ 15 milhões, no mesmo período. Os valores da mão-de-obra foram estabelecidos em contratos entre o DER e empresas terceirizadas responsáveis pelo gerenciamento dos pedágios. Os documentos foram assinados no último ano da administração do ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho e começam a vencer este mês. O atual superintendente do DER, Luiz Carlos Frayze David, determinou a revisão dos valores da mão-de-obra empregados nesses contratos e verificou que eles estão, em média, 59% acima dos valores de mercado. David decidiu então rescindir os 12 contratos de gerenciamento dos pedágios e lançar editais para nova concorrência pública. O primeiro pedágio que deverá ter nova administração será o de Itapevi, que hoje custa R$ 217 mil por mês ao DER e passará a custar, no máximo, R$ 90 mil -diferença de 58,7%. "Atribuo os custos elevados dos pedágios, praticados até o momento, ao número excessivo de funcionários contratados e à gordura embutida no preço apresentado ao governo, que é uma forma de as empresas gerenciadoras se prevenirem dos constantes atrasos de pagamento efetuados pela antiga administração", disse David. Segundo o assessor da Superintendência do DER, Mário Samuel Seabra Rodrigues Bandeira, é possível cortar cerca de 15% da mão-de-obra de cada pedágio. Trabalham nos pedágios arrecadadores, operadores, fiscais, seguranças e faxineiros. O valor de mercado do salário de um arrecadador é de R$ 350,00. Com as novas licitações, o DER estima baixar seus gastos com pedágio dos R$ 20 milhões anuais para R$ 8,1 milhões nos próximos 12 meses. A redução de gastos da ordem de R$ 12 milhões permitiria ao DER construir mais de 160 km de estradas vicinais, de uma pista com duas faixas, por ano. Os novos concessionários dos pedágios terão de investir em equipamentos eletrônicos modernos que evitem ocorrência de fraudes. O novo contrato prevê que, após seu vencimento, os equipamentos passem para o DER. Texto Anterior: Juiz determina intervenção da polícia para apoiar volta de mãe e filha a SP Próximo Texto: Licitação é contestada Índice |
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