São Paulo, sábado, 4 de novembro de 1995
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Lei do cinto faz um ano com redução de mortes

DA REPORTAGEM LOCAL

A lei municipal que obriga os motoristas a usarem o cinto de segurança na cidade de São Paulo completa hoje um ano, com uma redução no número de mortos por acidente de trânsito.
Nos primeiros oito meses de 94 ocorreu em média uma morte a cada 337 acidentes. Neste ano, uma pessoa morreu a cada 351 choques. Apesar do aumento no número de acidentes, o total de vítimas em acidentes caiu de 19.746 de janeiro a setembro de 94 para 17.523 no mesmo período em 95.
Até o último dia 31 a prefeitura já havia distribuído 91.231 multas pela não-utilização do cinto. A multa é de R$ 190,90. Foram arrecadados cerca de R$ 17,4 milhões.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o índice de uso do cinto é hoje de 92% de dia e de 86% à noite. Antes da lei, o índice era em média de 10%.
Segundo o presidente da CET, Gilberto Lehfeld, o número de multas caiu nos últimos meses. Para ele, as multas pesadas fizeram com que os motoristas respeitassem a lei. Para Lehfeld, nenhum dos questionamentos judiciais feitos à lei do cinto teve êxito.
O vereador Murillo Antunes Alves (PMDB), 76, autor da lei do cinto, se diz satisfeito com os resultados. "Basta que uma vida tenha sido poupada para que eu me sinta recompensado", afirmou.
São Paulo foi a primeira cidade a adotar a obrigatoriedade. Este ano, Santos, Campinas, Brasília e Rio aprovaram leis semelhantes.
Tramita no Senado um projeto de alteração do Código Nacional de Trânsito que propõe o uso obrigatório do cinto em todo o país.

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