São Paulo, sábado, 4 de novembro de 1995
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Fazenda diz que impacto na inflação é pequeno

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O secretário de Acompanhamento Econômico, Luiz Paulo Vellozo Lucas, disse que o impacto do aumento da energia elétrica vai ser de 0,4% no IPC (Índice de Preços ao Consumidor) de dezembro, medido pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Esse é o primeiro aumento de energia autorizado em 17 meses de Plano Real. Neste período, a inflação média dos cinco principais índices do país é de 37,17%. "Gostaríamos de ter eliminado de uma vez todos esses subsídios, mas isso seria um solavanco nos consumidores", disse Vellozo Lucas. Segundo ele, o governo pretende acabar com o resto dos descontos no prazo de dois anos.
O secretário argumentou que até ontem se cobrava R$ 0,66 de um cliente que consome até 30 kWh por mês. "Era menos que uma passagem de ônibus", disse.
Segundo ele, o valor não cobre nem os custos de medição do consumo, impressão da conta e cobrança bancária.
"O subsídio só tem sentido se ele for transparente. Não é admissível que ele esteja disfarçado em tarifas. Isso acaba por encarecer todos os custos de produção", disse.
Segundo Said de Brito, os percentuais autorizados ficaram abaixo dos reivindicado pelas empresas. "Fizemos uma ampla auditoria em cada uma delas e exigimos que fizessem um plano de racionamento, com redução de custos."
Segundo ele, 16 empresas ainda não apresentaram seus programas de redução de custos -e, por isso, ainda não vão poder reajustar a tarifa de energia elétrica. Além das empresas de São Paulo, outras três estão inadimplentes e, por isso, não tiveram reajuste autorizado.

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