São Paulo, sábado, 4 de novembro de 1995
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Tufão Angela mata 51 nas Filipinas

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O tufão Angela atingiu ontem a principal ilha das Filipinas com ventos de até 280 km/h, deixando 51 mortos, centenas de feridos e milhões de dólares em prejuízos.
Autoridades disseram que ainda há muitos desaparecidos nas diversas Províncias de Luzon (norte), por onde o Angela passou, e o número de mortos pode aumentar.
Segundo o governo, é a pior tempestade a atingir o país em quatro anos. O governo estima que o Angela tenha causado prejuízos de US$ 46,2 milhões na ilha de Luzon, onde está Manila (capital).
"Nunca havíamos visto um tufão como este", disse Raul Lee, governador da Província de Sorsogon, região ao sul de Luzon, a uma rádio de Manila.
Parte da ilha está sem energia elétrica e telefone, e plantações de arroz e coqueirais foram arruinados.
"Não temos comida. Podemos morrer de fome", afirmou Lee. "Nossas plantações foram destruídas. Estamos pedindo ao governo que nos envie 200 sacas de arroz."
A maioria das vítimas morreu afogada ou em deslizamentos de terra que soterraram milhares de casas, informou Renato Arévalo, da Defesa Civil.
Há milhares de desabrigados. Mais de 250 mil pessoas, incluindo 20 mil de Manila, deixaram suas casas em busca de abrigos.
Pelos menos 27 vilarejos em Pampanga (norte) foram declarados "áreas de alto risco", por causa da chance de haver avalanches de lama e lava do vulcão Pinatubo.
O presidente filipino, Fidel Ramos, destinou US$ 350 mil para as zonas mais afetadas de Luzon.
O Angela atingiu Manila, que tem população de 8,5 milhões, de madrugada, derrubando postes de luz e colocando a maior parte do local na escuridão.
O Angela é pior tufão a atingir as Filipinas desde o Thelma, que matou 5.000 pessoas em 1991. Segundo meteorologistas, o Angela estava ontem à noite no mar do Sul da China, a 100 km de Manila.
Na semana passada, o tufão Zack matou 160 pessoas e deixou 300 mil desabrigados na região central das Filipinas. Plantações de arroz foram devastadas, mas os danos foram inferiores aos provocados pelo Angela.
Informações de que centenas de coqueiros de Bicol foram destruídos fizeram o preço do óleo vegetal disparar na Europa e nos EUA.
O mercado financeiro de Manila permaneceu fechado. A Philippine Airline cancelou todos os vôos para a capital. Duas outras companhias cancelaram ou transferiram seus vôos. As aulas no norte do país foram suspensas.

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