São Paulo, domingo, 5 de novembro de 1995 |
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BMW conversível é rápido e divertido
GRACILIANO TONI
O carro fica mais silencioso e confortável com a capota -bem acabada por fora, mas com ferragens aparentes por dentro- no lugar, mas grande parte das boas sensações ao dirigir desaparece. A Folha avaliou o carro em percurso de 320 km nos Estados norte-americanos da Carolina do Sul e Carolina do Norte, escolhido pela BMW para mostrar o excelente comportamento do Z3 em curvas -em especial as fechadas e sucessivas, de preferência em subida. Nessas condições, o roadster -conversível de dois lugares- é ótimo. Sempre entra equilibrado nas curvas, e pode sair acelerando forte, sem perigo de desgarrar. As coisas já são boas com o motor de 1.800 centímetros cúbicos (cc) e 115 cavalos-vapor (cv). Com o outro motor disponível, de 1.900 cc, quatro válvulas por cilindro e 140 cv, ficam ótimas. Nos dois casos, a direção é precisa, a visibilidade para a frente, muito boa, o câmbio, perfeito. Tudo isso somado dá ao motorista sensação de total controle. Apesar do evidente cuidado com o projeto, o Z3 não é perfeito. Todos os seus problemas -não muito grandes- estão em detalhes de acabamento e nos comandos. O mais grave é a falta de regulagem da altura do volante. Colocado muito elevado, estraga a posição de dirigir para muita gente. Também irrita a alavanca dos vidros, nos carros sem mecanismo de acionamento elétrico. São necessárias sete voltas para levantar ou abaixar a janela, e a alavanca fica longe, obrigando o motorista a se deslocar para acioná-la. Só para acabar de vez com o humor do motorista, a mão raspa no porta-objetos da porta, feito de plástico áspero. No trânsito urbano, o que incomoda é o pedal de embreagem, excessivamente pesado. Os espelhos externos, muito recuados, dificultam a visão para trás. Apesar das características germânicas de qualidade e precisão mecânica, o Z3 é feito nos EUA. Dali, serão enviados para mais de cem países -Brasil inclusive. Nos EUA, o Z3 de 1.900 cc, sem opcionais, vai custar US$ 28.500. Não há previsão da data de chegada ao Brasil nem do preço (o mais provável é que custe o dobro, ou perto de US$ 60 mil). O jornalista GRACILIANO TONI viajou aos EUA a convite da BMW. Próximo Texto: Procura por 'populares' continua alta Índice |
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