São Paulo, segunda-feira, 6 de novembro de 1995
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Identificar ingredientes é difícil

DANIELA FERNANDES
ESPECIAL PARA A FOLHA

A falta de informação sobre a composição das balas é o principal problema enfrentado pelo consumidor. A questão é ainda mais complicada em relação às que são vendidas a granel.
Segundo o Idec, há fabricantes que escrevem nas embalagens termos técnicos mencionando a presença de corantes artificiais, o que impossibilita a sua identificação pelos consumidores.
Nas lojas especializadas, os produtos importados são normalmente vendidos a granel.
O Idec diz que é difícil identificar nessas balas, vendidas de forma sortida, os corantes utilizados.
Em alguns países europeus, onde o uso de corantes é muito restrito, as balas são incolores e a embalagem é colorida.
Um dos corantes mais comuns devido ao seu baixo custo é a tartrazina, que dá ao alimento uma cor que varia de tons -do amarelo ao vermelho.
Ela é bastante utilizada em balas, gelatinas, chicletes, sorvetes, massas de tomate e até xaropes.
A tartrazina é proibida na Áustria e na Noruega, porque pode causar problemas para pessoas sensíveis à aspirina e a crianças hipercinéticas.
Segundo o Idec, estima-se que uma em cada 10 mil pessoas apresente reações a esse corante.
"Não é possível avaliar até que ponto essas substâncias têm efeito cumulativo", diz o médico Anthony Wong.
O processo de globalização da economia (integração dos mercados de vários países) deveria, na opinião de Mário Frota, presidente da Associação Internacional de Direito do Consumidor, fazer com que os países uniformizem suas legislações.
Segundo ele, o melhor seria adotar um nível de proteção mais elevado.
(DFe)

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