São Paulo, segunda-feira, 6 de novembro de 1995
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Mercado de TV tem reviravolta

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A fatia de cada indústria na venda de televisores no Brasil mudou neste ano.
Sony, Semp Toshiba, Panasonic e Philips ganharam mercado. Philco, Sharp, Mitsubishi e Sanyo perderam. Gradiente e CCE praticamente mantiveram a participação.
A dança das marcas no ranking do mercado de televisores, avaliado em 6 milhões de unidades para 1995, é um dos temas em pauta no encontro dos fabricantes.
Os números que os empresários discutem têm diferenças -às vezes, até decimais.
Mas o fato é que, na troca de informações sobre vendas, eles detectaram que grandes saltos foram dados pela Sony, de 2,5% para 5,3% e pela Semp Toshiba, de 12,4% para 14,8%.
A Sony pulou da oitava para a sexta posição. A Semp Toshiba passou da quinta para a terceira, a qual divide com a CCE.
A Panasonic saltou de 2,1% para 3,5%. Como Semp Toshiba e CCE estão empatadas em terceiro lugar -com 14,8%-, ela subiu da nona para a oitava colocação.
A Philips mantém a liderança, com 20% de participação -um ponto percentual a mais do que tinha no final do ano passado, período em que também ocupava a primeira posição.
Ainda segundo os dados dos fabricantes, a Sharp perdeu venda do ano passado para este. Sua fatia de mercado caiu de 14,1% para 10,7%.
A Mitsubishi, do grupo Evadin, também vendeu menos. Ela participava com 9,3% no mercado no ano passado. Agora detém 6,6%.
Já a Sanyo viu sua fatia diminuir de 6% para 5,2%, mas ainda é a sétima colocada.
A Philco registrou queda de 17,2% para 15,9%, apesar de se manter na segunda colocação. Esta marca chegou a deter perto de 20% do mercado de televisores.
"A queda no volume de vendas foi planejada. Decidimos controlar a oferta para ajustar a empresa", diz Oscar Bonilha, diretor de marketing da Sharp.
Ele conta que a Sharp está saindo de um processo de reestruturação -iniciado em 1993-, e que a partir de agora vai trabalhar para reconquistar sua participação de mercado.
Até o final do ano, diz Bonilha, a empresa quer ver sua fatia subir para 11,2% e, até o final de 1996, para 15%.
Para isso, ela acaba de investir US$ 6 milhões em uma campanha para memorização da marca e vai gastar mais US$ 12 milhões ao longo do ano que vem em propaganda e promoção. A idéia da empresa é investir em campanhas em conjunto com revendedores.
Outra quantia, não revelada, será desembolsada para lançamento de nova linha de produtos.

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