São Paulo, segunda-feira, 6 de novembro de 1995
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Aos 50, Neil Young se une aos anos 90

DA "SPIN"

Neil Young, que completa 50 anos este mês, está na estrada há pelos menos 35 anos. Mas ele não deixa de se manter em sintonia com a célebre frase de sua música dos anos 70, "Rock'n' roll is here to stay" (algo como o rock veio para ficar).
Isso porque em, "Mirror Ball", seu disco mais recente (lançado no Brasil em agosto), ele trouxe o Pearl Jam como sua banda de apoio.
O namoro de Neil Young com o Pearl Jam começou há 3 anos. Por ter tocado uma música de Young no "Lollapalooza 92", o grupo foi convidado para abrir shows do guitarrista na Europa.
A amizade foi selada com a gravação do disco. A parceria, que estava prevista para quatro músicas, acabou valendo em todas as faixas de "Mirror Ball".
Eddie Vedder, quem diria, praticamente ficou de fora. Sua participação no álbum foi apenas discreta: ele ajudou a completar algumas letras e cantou em uma das faixas.
Segundo o guitarrista, Vedder reconhece que, quando está envolvido, a química da união Young/Pearl Jam muda.
Na década de 70, quando era célebre, Neil Young "arquivava" discos inteiros; outros, como "Time Fades Away" e "On the Beach", eram tão marginais que nunca foram relançados.
Depois, nos anos 80, ele lançou uma notável série de discos de rockabilly, de pop com sintetizadores e experimentos country tão desconcertantes que sua gravadora o processou por não parecer com ele mesmo.
Mas desde "Rockin'in the Free World", o hino que fecha o álbum "Freedom" (89), ele voltou a ser Neil Young.
Depois veio "Ragged Glory", típico álbum da Crazy Horse, banda que o acompanha há milênios.
Após alguns álbuns ao vivo e acústicos para a MTV, o Neil Young dos anos 90 está mais legal do que nunca, fazendo turnês com o Sonic Youth e dedicando o disco "Sleeps With Angel", do ano passado, a Kurt Cobain.

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