São Paulo, segunda-feira, 6 de novembro de 1995
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Aluno catarinense quer ser reitor

SILVIA QUEVEDO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTA CATARINA

Cabelos longos, alto, magro, aluno de física na Universidade Federal de Santa Catarina, Diego Sturdze, 22, quer ser reitor, com uma plataforma radical na defesa do ensino público e gratuito.
Ele disputa o cargo com três professores, em eleição nesta quinta, em Florianópolis.
"Não é verdade que jovem não gosta de política. O papel da juventude no impeachment, por exemplo, foi importante", diz.
O comitê de Sturdze foi batizado como "banheiro eleitoral". A sala cedida pela universidade, "minúscula e sem janelas", era um banheiro.
Mesmo sem estrutura, Sturdze disputa o cargo porque a universidade "precisava de uma candidatura que representasse as propostas do movimento estudantil".
"Os outros candidatos também dizem que defendem a escola pública, mas é diferente. Queremos unificar a comunidade universitária em grandes mobilizações e unir essa luta aos demais movimentos de oposição ao governo."
Filho de jornalistas, Sturdze militou na Convergência Socialista e hoje atua no PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado), que abriga dissidentes do PT.
Para o reitor Diomário Queiroz, 51, a candidatura de alunos é "educativa". "É importante para o aluno participar. Isto contribui para o surgimento de novos líderes políticos."

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