São Paulo, segunda-feira, 6 de novembro de 1995
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Novo premiê deve sair hoje

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Com a morte do primeiro-ministro Yitzhak Rabin, um governo provisório está no comando de Israel, país que vive sob um regime parlamentarista.
Poucas horas após o assassinato de Rabin, anteontem, o chanceler Shimon Peres foi nomeado como o chefe de governo provisório.
Ezer Weizman, presidente de Israel, tem 40 dias para pedir a um dos 120 membros do Parlamento para assumir o cargo de Rabin.
A lei dá ao presidente, o chefe de Estado, o poder de escolher qualquer um dos membros. Por tradição, entretanto, o presidente escolhe um membro com as melhores chances de formar a nova administração e de ser aprovado pelo Parlamento.
A tendência é que Weizman peça a Shimon Peres para formar o novo governo logo após o funeral de Rabin, hoje.
Enquanto for provisório, o governo tem poderes iguais aos de um governo regular, com duas restrições: 1) membros não podem ser nem acrescidos nem retirados do governo transitório e 2) o Parlamento não pode tentar derrubar o governo com uma moção de desconfiança.
A principal oposição a Peres deve partir do Likud, partido direitista. O primeiro-ministro Yitzhak Rabin pertencia ao Partido Trabalhista, assim como Shimon Peres.
Há um mês, o Likud encabeçava uma campanha contra a legitimidade do governo de Rabin.
Segundo membros do partido, o governo trabalhista apoiava-se em uma maioria parlamentar muito frágil para tomar decisões muito complexas, como as de entregar as Cisjordânia aos palestinos.
Eleições gerais em Israel estão previstas para acontecer em novembro do ano que vem.
Se for indicado para formar o novo gabinete, Peres ficaria no poder até novembro do ano que vem -a menos que fosse derrubado por uma moção de desconfiança, que a oposição disse que não vai apresentar-, quando estão previstas eleições parlamentares.

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