São Paulo, terça-feira, 7 de novembro de 1995
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Para ACM, governo não é "hábil"

RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) afirmou ontem que o governo não está sendo "hábil" ao suscitar a questão da reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso agora.
Um dos obstáculos apontados é o governador de São Paulo, Mário Covas, a quem ACM se referiu como "pedra no sapato" de FHC.
"O Covas, pelo que tenho lido, quer reeleição sem vice-presidente. Aí já é uma pedra no sapato de Fernando Henrique. Não seria mais fácil compor aliança com outros partidos tendo a vice para oferecer?", perguntou o senador.
Segundo ele, o PFL apoiará a candidatura de FHC se a reeleição for aprovada. Se FHC for candidato à reeleição, ACM defende que o atual vice, Marco Maciel, seja mantido no cargo. "Se um serve, o outro também", afirmou.
Se não houver reeleição, ACM afirmou que o PFL terá candidato próprio. O melhor nome, disse, seria o de seu filho, o deputado Luís Eduardo Magalhães.
Ele diz ainda que a reeleição de FHC seria aprovada "mais facilmente" se desvinculada da de prefeitos e governadores.
Na opinião do senador, o momento ideal para a votação da proposta seria 1997. ACM acha que, primeiro, o governo tem outros problemas a resolver, entre eles encaminhar ao Congresso os projetos de regulamentação das emendas constitucionais já aprovadas.
Sem citar nomes, ironizou a atuação dos assessores do Planalto que estão articulando a reeleição. "Cabe aos juristas e aos políticos encontrar a fórmula. Eu sou apenas um principiante", disse.
Ao ser perguntado se tem aconselhado FHC a esperar o momento oportuno para discutir a reeleição, disse que "ele (FHC) não conversa muito comigo sobre política. Acho que não gosta do meu pensamento político".

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