São Paulo, quinta-feira, 9 de novembro de 1995
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EUA cobram posição do Brasil sobre abertura

ELVIRA LOBATO
ENVIADA ESPECIAL A FOZ DO IGUAÇU

O presidente do órgão norte-americano Federal Communications Commission (FCC), Reed Hundt, cobrou ontem um posicionamento formal do governo brasileiro em relação às metas de privatização e de abertura do mercado de telecomunicações ao capital estrangeiro.
Hundt disse que o Brasil deveria encaminhar uma proposta "por escrito e específica" ao Grupo de Negociação de Telecomunicação Básica (NGBT), da Organização Mundial do Comércio.
O Brasil, segundo Hundt, é um dos 24 membros do NGBT, onde estão sendo negociados os acordos para 1996. O posicionamento brasileiro, disse, está sendo aguardado pelos demais países.
Hundt disse que os EUA já decidiram eliminar as restrições ao investimento estrangeiro em seu mercado, ainda limitado a 20%.
O presidente da FCC qualificou de "muito restritivo" o limite de 20% para participação estrangeira no mercado brasileiro, previsto em projeto de lei.
Hundt disse que empresas brasileiras receberão do governo americano o mesmo tratamento que as empresas americanas tiverem no Brasil. Questionado sobre isso, uma vez que as empresas brasileiras não têm porte financeiro para disputar o mercado norte-americano, Hundt disse que os brasileiros poderiam fazer consórcios com grupos da Argentina e do Chile.

A repórter ELVIRA LOBATO viajou a Foz do Iguaçu a convite da Abinee.

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