São Paulo, quinta-feira, 9 de novembro de 1995
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PM leva operários a batalhão e não a delegacia

SANDRO BARBOZA
DA FT

Diferente do que é determinado por lei, a PM não levou os reféns resgatados de dentro da construção para o 34º DP.
Eles foram levados para a 2ª Companhia do 16º Batalhão, onde, segundo alguns operários, teriam sido orientados como deveriam explicar a ação da PM para a imprensa e Polícia Civil.
"Trouxemos eles para cá apenas para que eles pudessem se recuperar da tensão a que todos foram submetidos, disse o capitão do Gate, Wagner César Teixeira Pinto.
Após o tiroteio, 14 dos 18 reféns foram colocados em grupos de quatro pessoas dentro de carros da PM. Soldados mantinham a imprensa à distância. Em seguida, todos foram levados para a 2ª Companhia.
A reportagem da FT presenciou o grupo dentro de uma sala de instrução da PM. "Eles falaram que a ação deles era necessária e que era para a gente falar isso para vocês, disse o refém José Pereira dos Santos, 28 anos, que começou a trabalhar anteontem na obra.
Segundo o secretário de Segurança Pública, José Afonso da Silva, o procedimento é ilegal e vai ser apurado (leia texto ao lado).
"Não sabia desse fato, mas, se isso ocorreu, vou apurar assim que vir isso publicado nos jornais, afirmou.
Afonso da Silva considerou positiva a ação do Gate, mas se disse insatisfeito com a morte de quatro pessoas.

Colaborou a Reportagem Local

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