São Paulo, sexta-feira, 10 de novembro de 1995
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Mulher é achada morta em apartamento

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma mulher mulata de aproximadamente 28 anos, supostamente garota de programa, foi encontrada morta anteontem à noite em um apartamento de um prédio de três andares na rua Chuí, 14, no Paraíso (zona sul de São Paulo).
Segundo a polícia, o principal suspeito do crime é o advogado Sildes Valio Livieri, 53, morador do apartamento onde aconteceu o crime e proprietário do prédio.
O acusado não foi localizado ontem (leia texto ao lado).
A equipe A-Leste da Divisão de Homicídios da Polícia Civil recebeu uma denúncia anônima por telefone, por volta de 20h30, de que haveria uma mulher morta no apartamento do advogado.
O delegado Luiz Roberto Hellmeister disse que, chegando ao local, os policiais decidiram arrombar o apartamento, após ouvir o testemunho de vizinhos (todos inquilinos de Livieri, segundo a polícia).
O corpo foi achado com vários ferimentos na cabeça. Havia manchas de sangue pelo chão.
A polícia desconfia que a mulher tenha morrido por asfixia ou devido aos golpes recebidos na cabeça, pois aparentemente não havia marcas de tiros ou facadas pelo corpo.
Hellmeister afirmou que alguns vizinhos viram Livieri subir com a mulher até o último andar, onde fica o apartamento do acusado, às 4h da madrugada de anteontem.
Segundo a polícia, os vizinhos disseram que o advogado já teria subido a escada espancando a mulher.
Durante a madrugada, as testemunhas teriam ouvido gritos e pedidos de socorro da mulher. Ela teria dito para o advogado não agredi-la porque teria "25 anos e uma filha para criar". A mulher também teria pedido que os vizinhos chamassem a polícia.
Segundo policiais da equipe A-Leste, amedrontados porque Livieri costumava andar armado, os vizinhos não chamaram a polícia na hora.
As testemunhas também teriam dito, segundo a polícia, que Livieri tinha o hábito de levar garotas de programa ao apartamento e espancá-las.
Até o final da tarde de ontem, a mulher achada morta no apartamento não tinha sido identificada.
O caso foi registrado pela delegada Maria José Figueiredo, do 6º DP (Cambuci), que também vai cuidar das investigações.

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