São Paulo, sexta-feira, 10 de novembro de 1995 |
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Bomba! Agora é o povo que banca o banco
JOSÉ SIMÃO
Tô comprando um banco quebrado e não sabia. Me fundi! Com fusão de bancos. Patrocinados pelo Tesouro Nacional (por você) e com descontos no imposto de renda. Antes o banco financiava o povo e agora o povo é que financia o banco? Rarará! Os bancos se fundem e a gente idem?! Diz que o Getúlio criou o Banco do Povo e o Tucanato afundou o povo no banco! E o que o Bamerindus tá esperando pra fazer "Gente Que Funde". Gente Que Funde Gostoso! Rarará! Eu também vou abrir um banco. Fundo, depois afundo e depois fundo. Fundo, detono e fundo. Rarará. O Tesouro paga! E eu já disse que a fusão do Unibanco com o Nacional é o Unianal, um banco por trás de você. E aí as Unibanquetes, as correntistas do Unibanco, querem saber três coisas: Se também vão ter direito a carteirinha de meia-entrada no Espaço Banco Nacional de Cinema. Se o espaço vai mudar de nome pra Espaço Banco Unianal de Cinema! Ou se vai falir logo pra elas não pagarem as dívidas. Rarará. A preferência nacional é pela terceira opção. Rarará. Nóis sofre mas nóis goza. E gostoso! E o Imposto do Jatene vai pra Saúde. Dos bancos? Rarará. IPSB, Imposto Pra Saúde dos Bancos. E o IPRF? Imposto Pra Reeleição do Fernando. Rarará! O PSDB tá querendo virar o Partidos dos Sócios Dos Bancos? IPMF, IPVA, IPSB, IPTU, Ih me fundi! E um amigo meu virou campeão de malabarismo bancário. Pula do cartão pro cheque especial e do especial pro cartão que é uma beleza. E avisa pra Turma da Mônica, ops equipe econômica, que a usura é um câncer no azul. Por isso que a gente tá no vermelho? Rarará. Vai indo que eu não vou! Texto Anterior: Ciclo analisa produção com realidade virtual Próximo Texto: Britânicos elaboram o desejo Índice |
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