São Paulo, sábado, 11 de novembro de 1995 |
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Zélia reaparece com tese de relaxar combate à inflação Ex-ministra acha preferível ter moeda menos valorizada LUIS ANTONIO CINTRA
E voltou defendendo um relaxamento no combate à inflação. Para ela, seria mais interessante ter "um pouco mais de inflação, mas podendo avançar no processo de modernização". Isso significa ter o real menos valorizado e uma maior abertura da economia à concorrência dos importados. O objetivo oficial do retorno de Zélia foi o de discutir o futuro do Mercosul (Mercado Comum do Sul), no fórum organizado pela Faap, com outros ex-ministros dos quatro países do bloco sul-americano. O retorno da ex-ministra à mídia é um fato que vai além de suas eventuais aparições em público. O certo é que espaço garantido ela já tem. Isso porque a partir do próximo dia 16 chega às bancas "Victoria", uma revista mensal voltada para o público feminino, que Zélia e seu marido, o humorista Chico Anysio, estão lançando em sociedade. O nome da publicação é uma homenagem à filha, Vitória, ou, por extenso, Vitória Cardoso de Mello de Oliveira Paula, 1 ano e quatro meses, também fruto da união Zélia e Chico. Na estrutura organizacional da publicação, Zélia ficou com a pomposa missão de assumir a presidência do Conselho Editorial. Mas não é só isso. Victoria vai servir para que Zélia defenda seus pontos de vista em uma coluna sobre temas econômicos. E não é só isso. Também será a responsável direta por quatro páginas que tratarão, segundo ela, de "temas gerais". Entre esses temas, como não poderia deixar de ser, economia: a crise bancária, em especial o caso do Banco Econômico. Votando ao Plano Real, a ex-ministra diz que o Real tem sido "vitorioso", quando se trata de combate à inflação. Parte dessa vitória, segundo ela, também se deve à ela. Zélia. "Não há dúvida de que o real se beneficiou dos planos que o precederam", afirma. Texto Anterior: Ex-ministros prevêem integração lenta Próximo Texto: Eletrobrás quer investir US$ 2 bi por ano Índice |
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