São Paulo, domingo, 12 de novembro de 1995
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no Brasil, ela ganha como novata

SÉRGIO DÁVILA

Do providencial passeio de bicicleta no Ibirapuera, há quase dois anos, à coletiva de Giorgio Armani, em setembro último, quando o “maestro” da moda italiana a chamou para seu lado e ficou o tempo todo cofiando seus longos cabelos, Gianne Albertoni cresceu.
Entre os 12 e os 14 anos, teve de aprender que o combustível da moda nacional é a vaidade. Ela já desfilou duas temporadas em Milão, para nomes como Versace e Armani, mas quase não é chamada para eventos de primeira linha no Brasil.
Seu aniversário, em julho, no bar Cabral, teve cobertura de pelo menos cinco jornalistas europeus -uma equipe da BBC de Londres incluída. Foi totalmente ignorado pela turma “fashion” local.
Nas passarelas européias, divide o palco com Naomi Campbell e Linda Evangelista e recebe até US$ 4 mil por noite. Por aqui, leva cachê de iniciante (R$ 400) e frequentemente ouve coisas como “Lá fora você pode ser alguma coisa, meu bem, mas aqui não é ninguém” (é verdade, a garota escutou isso calada de uma famosa “top” tupiniquim).
Foi capa de pelo menos uma dezena de revistas de moda internacionais -e recusada no mínimo três vezes na redação de uma publicação para adolescentes em São Paulo (“Me desprezaram, mesmo”, diz).
Há algumas semanas, porém, as coisas começaram a mudar, Gianne entrou para o cast da agência Elite. “Deve dar certo”, acredita a diretora Ina Sinisgalli.

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