São Paulo, segunda-feira, 13 de novembro de 1995
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Tecnologia abre horizontes da publicidade

VERA BUENO DE AZEVEDO
DA REPORTAGEM LOCAL

Estamos vivendo uma nova era na publicidade. Os criadores e diretores que não se adaptarem a ela vão perder o trem. A velocidade das mudanças é tão grande que os profissionais têm de estar absolutamente afinados com o mundo da informática e sua evolução.
Esta é a opinião de João Daniel Tikhomiroff, diretor da João Daniel Films. Ele participou do ciclo "Arena do Marketing", promovido pela Folha, com a palestra "A Nova Era do Comercial de TV", no auditório do jornal, na última quarta-feira.
Segundo ele, o ideal é que a tecnologia seja usada a serviço das idéias formidáveis. "Muitas vezes, o telespectador assiste ao comercial e, para ele, aquilo é real. Ele não pode imaginar que os efeitos são o resultado de trucagem e pós-produção em um computador", afirma.
Tikhomiroff diz que esse é o "grande lance da nossa alta tecnologia de hoje; é você conseguir fazer as mágicas sem que as pessoas percebam o truque".
Essa tecnologia, para o publicitário, traz também economia para o anunciante. "Os filmes custam menos e o resultado costuma ser muito melhor, muito mais surpreendente, com impacto visual e a serviço de uma grande idéia."
Tikhomiroff diz, porém, que nem todos os filmes têm de usar efeitos de computador. "Algumas grandes idéias podem ser filmadas de forma mais convencional."
Para o publicitário, o avanço da tecnologia trouxe uma mudança na postura do criador de peças publicitárias para televisão. "De repente, o horizonte se abriu e os recursos são tais que não há mais nenhuma idéia irrealizável."
Tikhomiroff lembra que há bem pouco tempo, no Brasil, nem sempre as idéias podiam ser concretizadas."Muitas vezes eu respondi que tecnicamente não era possível".

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