São Paulo, terça-feira, 14 de novembro de 1995 |
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Metalúrgicos da Força se explicam a FHC
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA REPORTAGEM LOCAL O presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu ontem metalúrgicos da Força Sindical que foram apresentar os resultados do dissídio da categoria."Queríamos deixar claro ao governo que os nossos acordos coletivos não trazem de volta a indexação salarial e que nós não queremos quebrar o Plano Real", afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. Segundo ele, nos acordos firmados com o grupo 19-3 da Fiesp (máquinas e eletroeletrônicos) e grupo 10 (lâmpadas e aparelhos de iluminação) não há regras prevendo reajuste periódico de salários daqui para a frente, o que seria a indexação salarial. Os metalúrgicos conseguiram junto a esses grupos da Fiesp, que empregam cerca de 600 mil trabalhadores, reajuste de 26,79%. O percentual repõe as perdas com a inflação passada e garante aumento real (acima da inflação) de 2%. O governo concordou que não houve indexação salarial. O porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, disse ontem também que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, na semana passada, apenas estendeu o acordo já firmado com os outros dois grupos patronais para o setor de autopeças, forjaria e parafusos. Paulo Butori, presidente do Sindipeças (representa o setor de autopeças), disse que iria recorrer da decisão do TRT junto ao Tribunal Superior do Trabalho. Os metalúrgicos da Força Sindical têm data-base em novembro. Já os metalúrgicos da CUT negociam com as montadoras e o grupo 19-3. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos dos ABCD, Heiguiberto Guiba Navarro, se não forem fechados acordos até o dia 20, haverá greve nas empresas desses setores. Texto Anterior: Quatro Estados terão negociação separada Próximo Texto: Químicos de SP param Kolynos e Monsanto Índice |
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