São Paulo, terça-feira, 14 de novembro de 1995
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Câmara faz sessão e ajuda governistas a cumprir prazo

Nesta semana não serão registradas faltas dos deputados

DENISE MADUEÑO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os partidos que apóiam o governo conseguiram ontem vencer o vazio da Câmara, realizar uma sessão e cumprir mais um dia do prazo para a votação em segundo turno do FEF (Fundo de Estabilização Fiscal), marcada para a terça-feira da próxima semana.
Ontem, terceiro dos dez dias de feriado dos deputados, a sessão foi apenas para discursos. São necessárias ainda mais duas sessões ordinárias da Câmara para que a emenda constitucional do FEF possa ser votada em segundo turno.
No momento da abertura da sessão de ontem, às 14h, 62 deputados tinham registrado presença nas portarias da Câmara, 10 a mais que o necessário (10% dos deputados, ou 52). Como não há matérias para votação, o painel eletrônico do plenário não foi ligado.
Grande parte dos parlamentares presentes na abertura da sessão integra os partidos da base de apoio ao governo (PSDB, PFL, PTB, PPB e PMDB). Nenhum deputado das bancadas de São Paulo, Goiás, Alagoas, Tocantins e Sergipe havia registrado presença até as 16h de ontem.
Nesta semana, não serão computadas faltas dos deputados para efeito de desconto nos salários.
Um grupo de 13 parlamentares está em Nova York participando de reunião da ONU (Organização das Nações Unidas). De acordo com a diretoria da Câmara, a viagem é paga pelo Executivo.
Outros seis deputados foram indicados e poderão viajar até dezembro, quando a reunião da ONU se encerra.
Entre os discursos de ontem, o deputado Philemon Rodrigues (PTB-MG) pregou o boicote dos evangélicos à Rede Globo e à Antarctica, patrocinadora da série "Decadência" -que mostrava um pastor evangélico corrupto.
O deputado afirmou que a briga da Globo é com a Rede Record, do bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus. "O problema da Globo não é religioso, é financeiro", afirmou.

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