São Paulo, terça-feira, 14 de novembro de 1995
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Cristo de Scorsese dá o tom

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

Um dia de Martin Scorsese: às 7h30, na HBO, entra "O Rei da Comédia". À 1h05, no Telecine, "A Última Tentação de Cristo". A HBO também exibe o surpreendente "Stargate" (à 1h30), uma ficção científica relativamente modesta que resultou em surpreendente sucesso de bilheteria, proporcional às surpresas que o filme oferece.
Mas a novidade é mesmo "A Última Tentação de Cristo", que mobilizou bispos e similares católicos no mundo inteiro. Eles se opuseram ao filme, naturalmente. Mas não foi uma questão teológica que entrou na parada: foi mais a falta de sintonia da catolicidade com a sensibilidade contemporânea.
É um filme com profundo sentimento religioso. Busca o risco absoluto (ao celebrar a humanidade de Cristo). Mas é impregnado do sentimento do absoluto. A fé se manifesta como instância mística, já se opondo a uma tendência mais recente: a da religião como instrumento de mobilização para a guerra.
(IA)

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