São Paulo, terça-feira, 14 de novembro de 1995
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Religiosos pediram a morte

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O rabino Yoel Bin-Nun, que é colono na Cisjordânia, disse ontem que líderes religiosos lançaram um pedido de morte para o premiê Yitzhak Rabin.
"Até o assassinato, eles poderiam dizer: 'Não falamos sério, não era um pedido literal'. Agora esse tipo de pensamento é inaceitável", disse o rabino, protegido por seis seguranças à paisana.
Bin-Nun prometeu revelar uma lista de rabinos que teriam lançado determinações judaicas que colocassem Rabin como alvo.
Também contrário à entrega da Cisjordânia aos palestinos, Bin-Nun disse que rabinos diziam que Rabin era um "perseguidor" de judeus, o que tornaria a sua morte legítima defesa.
Bin-Nun disse que desde que ameaçou delatar os rabinos tem recebido ameaças de morte.
O rabino afirmou que espera que os líderes assumam as ameaças e se entreguem a autoridades religiosas para examinar os seus erros no "plano espiritual".
Os sete detidos que estão relacionados com a morte do premiê eram judeus religiosos. Avishai Raviv, líder do grupo extremista Eyal, afirmou que havia rumores de determinações de rabinos de que a morte do premiê seria admissível porque Rabin "ameaçava" o Estado de Israel.

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