São Paulo, quarta-feira, 15 de novembro de 1995
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Comércio ilegal de arte atinge US$ 1 bi

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O comércio ilegal de obras de arte em todo o mundo atinge pelo menos US$ 1 bilhão e é superado apenas pelo tráfico de drogas e pelo comércio ilegal de armas, revelaram ontem em Londres especialistas do setor.
Disseram ainda que o mercado está em expansão e que os governos deveriam colocar o roubo de obras de arte como prioridade absoluta.
Elizabeth Des Portes, do International Council of Museums (ICOM), entidade que reúne cerca de mil museus em 120 países pintou um alarmante panorama de furtos, roubos, destruição de monumentos e saques de sítios arqueológicos em todo o mundo. O ICOM foi um dos responsáveis pelo retorno ao Camboja de obras roubadas do templo Angkor Wat e reencontradas em poder de um comerciante de arte parisiense.
Des Portes disse ainda que é necessário que se faça publicidade do problema para que o mundo tome conhecimento dele. Condenou ainda a posição de "comerciantes e colecionadores, que pouco se importam com a procedência ou com os proprietários da mercadoria que comercializam".
Constance Lowenthal, da International Foundation for Art Research em Nova York, disse que as principais vítimas são sítios arqueológicos rurais não-vigiados e complexos de templos ao ar livre. Entre os países onde a situação é dramática estão a Turquia, que nos últimos dois anos investigou cerca de 17,5 mil casos de roubos de arte, e a Croácia, que tem sido saqueada em quatro anos de guerra.

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