São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 1995
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Reforma muda educação física e artística

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

A reforma no ensino público de São Paulo vai atingir a educação física e a educação artística. Alunos de 1ª a 4ª série do 1º grau só poderão ter aulas dessas matérias com professores que não tenham formação superior (nível P1).
Fica proibido para esses alunos ter aulas com professores com formação universitária (nível P3).
Os professores P1 são formados só em magistério (2º grau). Cada turma tem um professor, que dá todas as disciplinas. Ele dará, agora, educação física e artes também.
Hoje, em torno de 55% dos alunos de 1ª a 4ª série podem ter aulas de educação física e artística com professores formados em universidades (nível P3). Eles são de escolas padrão (1.614 das 6.800) e das que têm jornada única.
É essa legislação que está sendo revogada. A secretaria diz que o professor P1 tem formação adequada para dar todas as disciplinas e que é desnecessário ter professores com formação universitária.
A Apeoesp defende que educação física e artística sejam obrigatórias em todas as séries, sem definir quem deve dar essas matérias.
Outra mudança é que, em 1996, todos os alunos de 5ª a 8ª série do 1º grau terão educação artística. Atualmente, ela só é dada em dois dos quatro anos dessas séries.
Isso contornaria o problema dos professores P3 que perderem turmas, segundo a Secretaria da Educação. Educação física continuará sendo obrigatória da 5ª à 8ª série.
Protesto
Estudantes, professores e pais de alunos das escolas estaduais Francisco Glicério e Carlos Gomes pretendem bloquear hoje as duas avenidas no centro de Campinas, em protesto contra a reforma no ensino.

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